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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Walk21

Como se desloca à hora de almoço? Costuma andar a pé? acha que pratica uma vida saudável? 


Visite a página do Walk 21: http://www.walk21.com/

Walk21 existe para defender o desenvolvimento de comunidades saudáveis sustentáveis e eficientes, onde as pessoas optam por andar.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Porquê uma política de mobilidade urbana?






Ter uma política de mobilidade urbana significa ter um conjunto de princípios e diretrizes que orientem as ações públicas de mobilidade urbana e as reivindicações da população. 

Trata-se, por exemplo, de pensar e propor como será o deslocamento de pessoas e bens na cidade. Quando não existe uma política de mobilidade urbana, ou quando ela não funciona bem, as pessoas deslocam-se como podem. 

Cada um busca a solução individual de seu problema, sem que exista um planeamento público eficiente. Isso não é bom porque acaba atendendo os interesses de poucos, normalmente, de quem tem mais recursos, e a maioria sofre com as dificuldades que têm para se locomover na cidade. O nosso cotidiano mostra quando a política não está atendendo a todos: 

• o transporte de casa para o trabalho é caro e não conseguimos pagar; 

• gastamos muito tempo em engarrafamentos que nos atrasam e estressam; 

• vivemos muito longe de tudo e gastamos muito tempo para ir de um lugar ao outro; 

• o transporte coletivo não passa perto de onde moramos e temos que andar muito a pé;

• nossas cidades são poluídas e barulhentas; 

• temos que andar de bicicleta no meio dos carros, pois não existem ciclovias; 

• ficamos plantados, esperando o autocarro que não vem e temos que ir a pé ou usar carro, (se tivermos!); 

• as calçadas são tão ruins que, mesmo querendo ir a pé, é melhor não ir; 

• as travessias de pedestres são distantes e perigosas. 

Quem não viveu ou conhece alguém que já passou por alguma dessas situações? 
Por isso, é fundamental construirmos uma política de mobilidade urbana que garanta os
direitos de todos, privilegiando o transporte coletivo e o transporte a pé e por bicicleta

quarta-feira, 12 de junho de 2013

TRIÂNGULO DA SUSTENTABILIDADE

Triângulo da Sustentabilidade



Levar uma vida sustentável significa levar uma vida simples, abrindo mão de comodidades desnecessárias, e principalmente, tendo consciência do impacto de suas pequenas ações.


Equilíbrio. Isso mesmo; equilíbrio é a chave para a sustentabilidade
Saber pesar as necessidades e como supri-las de forma que, no futuro, os recursos necessários também estejam disponíveis, é crucial para a sustentabilidade. Segundo o professor holandês Peter Nijkamp, esse equilíbrio deve envolver, principalmente, três fatores: economicamente viável, socialmente justa e ecologicamente correta. Estas três perspectivas formam o chamado Triângulo da Sustentabilidade. Vejamos como a bicicleta se comporta com relação a estes três princípios.


Economicamente viável

As condições de mobilidade interferem diretamente na vida das pessoas, e merece grande respeito. O trânsito, a infraestrutura viária e até mesmo a cultura brasileira estão condicionados a elementos de “deseconomias”: o tempo de percurso dos usuários de automóveis em horários de pico, o consumo excessivo de combustível nessas “longas” viagens dentro das cidades, a emissão de gases nocivos ao meio ambiente e, por fim, os impactos negativos na saúde e na qualidade de vida da população. O que temos de mobilidade no Brasil não pode ser considerado economicamente viável, salvo algumas excepções.
A bicicleta é, nesses termos, uma solução antiga para um problema futuro
Ela desfila na passarela da sustentabilidade como veículo de menor custo, tanto de aquisição quanto de manutenção, o que representa economia na renda doméstica. Segundo André Geraldo Soares, da ViaCiclo, “quanto mais humanizado for o trânsito, menos o poder público gastará com hospitais, reabilitação e seguro social. Além disso, diminuindo o uso do automóvel, a sociedade também gastará menos em mitigação e adaptação ao aquecimento global”, o que destaca a economia referente aos custos sociais.
A bicicleta foi, lentamente, sendo expulsa das vias urbanas, e agora os governos se vêem diante da necessidade de construir ciclovias e ciclofaixas para sua circulação. Fora das ruas, e na situação de intrusas no tráfego, as bicicletas foram relegadas ao uso do lazer, aos finais de semana, exceto aos ciclistas entregadores de pequenas mercadorias. No início dos anos 1970, em razão das duas crises de petróleo, e também dos apelos das entidades ambientais, a bicicleta ressurgiu como opção de meio de transporte. Hoje, a bicicleta é considerada, pela ONU, o veículo mais sustentável do mundo. Porém toda a estrutura viária existente prioriza os veículos automotores, e agora precisa ser adequada para as bicicletas. Mesmo esse investimento em redes cicloviárias, além de exigir menos verbas do que vias expressas e viadutos, tende a diminuir os gastos sociais por ir contra as “deseconomias” antes discutidas. Conforme estudos, 20% do custo de um carro é pago pelo seu proprietário; o restante (efeitos da poluição, perda de tempo no trânsito, acidentes, obras rodoviárias) é pago por toda a sociedade.
Ainda no universo econômico, há um dado interessante sobre os meios de transporte elétricos. A indústria automobilística assegura que os carros elétricos têm lugar garantido no futuro. Mas até então, a maioria ficou apenas no protótipo. Por outro lado, as e - bikes (bicicletas elétricas) já começaram a ser produzidas em série, e são realidade inclusive no Brasil, por um preço razoável. As bicicletas elétricas têm o objetivo de auxiliar o ciclista, reduzindo seu esforço físico. Outra vantagem: se a parte elétrica não funcionar, ou a bateria descarregar - é só pedalar. Neste comparativo, até mesmo a versão elétrica da bicicleta já largou na frente dos carros elétricos, de forma economicamente viável. Vale lembrar, porém, que a bicicleta clássica, movida a pedal, é a forma mais sustentável por não demandar nenhuma forma de energia – a não ser a do próprio ciclista.

Socialmente justa

Para o professor Therbio Felipe Cezar, “não há justiça onde há indiferença.” A própria Constituição Federal trata a função social como bem-estar social. As conferências mundiais apontam para inúmeras medidas urgentes a serem tomadas, e grandes preocupações que relacionam a sustentabilidade com o papel social de cada indivíduo e de cada país, a respeito de abusos, incorporações, devastação, etc. “Penso, que o uso de bicicleta como veículo sustentável sugere uma postura de não-indiferença do ciclista para com o meio e tudo o que nele está contido. Seja, talvez, pela mínima interferência física no caminho oferecida pela bike; pela forma silenciosa de ‘fluir e fruir’; pela possibilidade da geração de encontros com os sujeitos dos caminhos, ou ainda, pela observação atenta do ambiente, do contexto, das paisagens construídas e, porque não dizer, de si mesmo. Ao observar as populações às margens do caminho, o cicloturista já não consegue mais querer-se indiferente àquelas realidades sociais, culturais, políticas, econômicas, simbólicas, enfim. Quando pedalo, seja em minha cidade ou entre cidades, percebo sempre minha sombra me acompanhando. Eu, minha bike e o contexto somos a paisagem, assim sendo, nos pertencemos. Essa experiência volta comigo para casa, e objetivamente, influencia uma série de decisões que tenho que tomar como ser humano, como cidadão, como personagem desta história que contamos juntos. De dentro de um carro, torna-se quase impossível perceber-se tudo isto”, nos ensina o professor.
A sustentabilidade instiga a justiça social, atribuindo a cada indivíduo o cuidado de preservar e manter os recursos.
Aristóteles escreveu que “o que é comum ao maior número de pessoas constitui objeto de menor cuidado. O homem tem maiores cuidados com o que lhe é próprio e tende a negligenciar o que lhe é comum”. Soa atual, não? Cada pessoa precisa fazer a sua parte, desempenhar seu papel social. A bicicleta permite que você se exercite ao mesmo tempo em que se locomove. Em termos sustentáveis, pedalar significa não poluir o meio ambiente, não provocar doenças derivadas da poluição, não matar no trânsito (nem por atropelamentos, nem por estresse e doenças correlacionadas), e significa respeitar o espaço das outras pessoas e das outras formas de vida. Um parque repleto de árvores permite que você pedale: não há necessidade de abrir espaço para asfalto.
Ser socialmente justa significa que cada pessoa tem a responsabilidade de cumprir seu papel social, tomando ações que não comprometam a sustentabilidade. Significa não discriminar ou privilegiar, mas ser justo na distribuição dos custos e benefícios. A bicicleta cumpre integralmente essa proposta.

Ecologicamente correta

A maior motivação para todo o movimento pró-sustentabilidade. Somente quando a humanidade se viu em meio a uma crise ambiental, fruto do desrespeito aos limites da natureza em prol de um desenvolvimento e poder econômico insustentável, decorrente de sua visão antropocêntrica, houve a constatação: dessa forma, vamos destruir o mundo e a nós mesmos. Precisamos mudar.
A natureza se levanta contra a exploração dos ecossistemas. O uso irracional dos recursos naturais, e em quantidades cada vez mais abusivas, estão gerando escassez do solo fértil,  da água potável, e comprometendo o futuro e a continuidade de todas as formas de vida. Os fenômenos trágicos decorrentes das mudanças climáticas, da destruição da biodiversidade e da rarefação da camada estratosférica de ozônio têm se multiplicado. Destarte a questão ecológica envolve racionamento e revisão dos modos de produção, dos sistemas sociais e dos conhecimentos culturalmente aceitos. Precisamos parar de tratar a natureza como se fosse um imenso supermercado gratuito, porque sua devastação tem o preço mais caro que se pode pagar. Onde fica a bicicleta na questão ecologicamente correta? Uma cidade com seu desenho urbanístico voltado para os ciclistas, com áreas verdes e níveis diminutos de emissões de gases poluentes é apenas um exemplo. Vemos, mais uma vez, as chuvas de janeiro provocar enchentes em vários estados brasileiros, como São Paulo e Rio de Janeiro. Desmoronamentos, mortes, vidas que precisam ser reconstruídas do zero são, muitas vezes, consequências da urbanização mal planejada e da poluição: atitudes insustentáveis do passado que se refletem em nosso quotidiano.


Analise o modelo de vida conhecido como Slow Living. É o surgimento de um grupo de pessoas que querem viver com calma, cuidadosas, conscientes de suas ações. O movimento ganha cada vez mais adeptos, preocupados com o próprio bem-estar e com a natureza. O casal Denis Russo Burgierman e Joana Amador resolveu viver com calma e aplicar seus princípios sobre respeito ao meio ambiente, consumo e vida. Sabe qual foi o primeiro passo? Não ter carro. Tanto para diminuir o estresse dos congestionamentos (bem-estar), quanto para reduzir a emissão de gases nocivos (meio ambiente). “Eu acho que simplesmente andar de bicicleta é uma forma de ativismo. É um jeito de resistir aos apelos de consumo – e com isso evitar a destruição de habitats pela mineração, a emissão de gases de efeito estufa e muitos outros poluentes. É também uma forma de tornar a vida dos outros ciclistas mais segura. É comprovado que, quanto mais bicicletas houver na rua, mais segura é a rua para os outros ciclistas. Então cada ciclista novo melhora a vida de todos os outros. Além disso, minha presença na cidade pedalando melhora a qualidade do espaço urbano. Mas, além de tudo isso, andar de bicicleta traz um monte de ganhos individuais. À saúde, por exemplo. E também à vida, no geral. Chego de bicicleta muito mais feliz do que quem chega de carro”, garante Denis, demonstrando que a bicicleta cumpre seu papel de ecologicamente correta quando é utilizada como meio de transporte.
Para refletir sobre a questão sustentável, veja esta profecia, que embalou longas noites dos fundadores do Greenpeace que navegavam pelas Ilhas Aleutas, no Alasca, em 1971, na tentativa de impedir um teste nuclear dos Estados Unidos.

"Um dia, a Terra vai adoecer. Os pássaros cairão do céu, os mares vão escurecer e os peixes aparecerão mortos na correnteza dos rios. Quando esse dia chegar, os índios perderão o seu espírito. Mas vão recuperá-lo para ensinar ao homem branco a reverência pela sagrada terra. Aí, então, todas as raças vão se unir sob o símbolo do arco-íris para terminar com a destruição. Será o tempo dos Guerreiros do Arco-Íris."
 A profecia, feita há mais de 200 anos por “Olhos de Fogo”, uma velha índia Cree, acabou por batizar os ativistas do Greenpeace, conhecidos em todo o mundo como “Os Guerreiros do Arco-Íris”. Ativismo por ativismo, os ciclistas diários traduzem, em ações, o que tanto ouvimos falar sobre sustentabilidade, e seria totalmente justo dar-lhes, também, o título: ciclistas são guerreiros do arco-íris.


sexta-feira, 7 de junho de 2013

Portugal na cauda da Europa em relação ao uso de bicicletas

Novo barómetro elaborado pela Federação Europeia de Ciclistas.Portugal está num dos últimos lugares de um ranking. O país situa-se na 23.ª posição, juntamente com Espanha e à frente apenas da Bulgária, Roménia e Malta, segundo a lista divulgada esta semana pela Federação Europeia de Ciclistas (ECF, na sigla em inglês).

Saiba mais em:
http://www.publico.pt/portugal/jornal/portugal-na-cauda-da-europa-em-relacao-ao-uso-de-bicicletas-26649436